Muita coisa mudou desde o primeiro minério extraído na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Em 80 anos de atuação no mercado global, a Companhia Vale do Rio Doce não só adotou uma nova identidade, a Vale S.A, como também fez história ao se tornar a maior produtora de minério de ferro e níquel do mundo. Assim sendo, não é por acaso que sua jornada se confunde com o desenvolvimento da mineração no Brasil: ao buscar um horizonte mais sustentável, a empresa se transformou em um verdadeiro celeiro de inovações.
A Vale de hoje está sempre de olho no amanhã, aperfeiçoando continuamente seus processos de extração, produção e logística, mas não só isso. Inovação tem tudo a ver com gente – e quanto mais variadas forem as perspectivas e experiências das pessoas, mais ricas e criativas serão as ideias que impulsionam seus negócios. É o que aponta Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale. “Vemos a pluralidade de perspectivas e opiniões como algo estratégico para nos tornarmos uma empresa ainda mais inovadora, segura e com empregados engajados”, resume a executiva.
Como uma das principais forças do mercado global, a mineradora está comprometida em influenciar positivamente o setor para transformá-lo em um ecossistema que celebra e valoriza a diversidade. Como Fernanda bem destaca, o empenho da Vale é no sentido de promover um ambiente de respeito, com oportunidades equânimes de desenvolvimento, onde as pessoas podem ser elas mesmas.
Marca empregadora forte
Muitos desses esforços já estão em andamento e reforçam a posição da empresa como uma marca empregadora de destaque. Neste ano, o compromisso com a diversidade, equidade e inclusão catapultou a Vale do quinto para o segundo lugar no ranking das organizações mais desejadas para se trabalhar no Brasil, segundo a avaliação de estudantes e trabalhadores de todo o país. O dado faz parte da pesquisa Carreira dos Sonhos, da Cia. de Talentos, que ouviu mais de 90 mil profissionais para eleger as dez melhores empresas do país.
Não à toa, ao conectar o propósito do negócio ao bem-estar das pessoas, a Vale passou a ser reconhecida como uma empresa que valoriza seus colaboradores, tornando-se assim uma escolha atrativa para novos talentos. Nos dias de hoje, os profissionais que estão no mercado de trabalho buscam oportunidades de desenvolvimento de carreira e um ambiente inclusivo e inovador, algo que a Vale tem se empenhado a construir. Além disso, as empresas que geram impactos positivos no planeta tendem a ser mais valorizadas não apenas por seus colaboradores e clientes, mas também pela sociedade como um todo.
Nas palavras de André Santos, diretor do Centro de Expertise de Pessoas da empresa, na Vale, as pessoas colaboradoras estão no centro de toda a estratégia da organização. Segundo ele, o avanço nessa jornada por mais diversidade, equidade e inclusão se apoia em fundamentos como aprendizado contínuo e diálogo aberto e transparente. “O propósito da Vale de melhorar a vida e transformar o futuro está conectado ao propósito dos melhores talentos”, crava. Para André, a sustentabilidade, o bem-estar e a inovação são atrativos que contribuem para que ela seja vista como uma empresa que prioriza as pessoas.
Diversidade e inclusão na Vale
Apesar dos bons resultados, promover uma mudança cultural em uma empresa com oito décadas de história, dentro de um setor notadamente tradicional, demanda esforços consistentes a favor da inclusão. Nesse contexto, a gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale, Fernanda Castanheira, considera como parte essencial do processo o desenvolvimento dos talentos e da consciência das pessoas.
No âmbito profissional, a empresa conta atualmente com várias iniciativas que buscam dar protagonismo e impulsionar o crescimento de grupos minorizados. Já na questão cultural, o objetivo é fundamentá-la com “respeito, acolhimento e responsabilização”, como bem sublinha Fernanda. Nesse sentido, são realizados debates, campanhas e treinamentos com o objetivo de conscientizar e sensibilizar a força de trabalho a respeito da importância de se construir um ambiente de trabalho saudável. “O respeito a todas as pessoas é um elemento central da nossa transformação cultural”, afirma a executiva.
Mudança de mentalidade e atitude
Contudo, para que a diversidade se torne um princípio intrínseco à cultura, é fundamental que seja constantemente posta em prática, sobretudo pelas lideranças. Como porta-vozes eficazes da empresa, elas precisam ter consciência do papel que desempenham no contexto corporativo. Segundo Fernanda, com diálogo e capacitação, os líderes adquirem novas percepções em relação à gestão de pessoas e passam a combater de forma mais consistente todos os tipos discriminação.
Nesse sentido, quando a cultura inspira mudanças, tanto de mentalidade quanto de atitude, torna-se mais fácil estabelecer metas que façam a diferença no futuro, como as traçadas pela Vale. Mas é importante destacar, como bem cita Fernanda, que “disseminar o valor da diversidade e construir um ambiente seguro e inclusivo são desafios permanentes que demandam esforços contínuos”.
Em qualquer que seja a organização, transformar intenção em ação é sempre desafiador. Consciente disso, a Vale tem adotado processos inclusivos de seleção para garantir que a diversidade seja mais do que apenas um discurso, mas sim um compromisso. O recrutamento inclusivo é direcionado a mulheres, negros ou pessoas com deficiência, ampliando assim a representatividade desses grupos na empresa. “Acreditamos que, dessa forma, quebramos barreiras e reconhecemos a verdadeira potência das pessoas”, enfatiza Fernanda.
No caso das consultorias que prestam serviços à empresa, um critério importante passou a validar os processos de recrutamento: ao menos 50% da lista final de candidatos deve ser preenchida com os diferentes perfis que representam a diversidade da sociedade brasileira.
Mulheres na mineração
No que diz respeito à representatividade feminina na mineração, dados do movimento Women In Mining Brasil (WIMBrasil) revelam que apenas 15% da força de trabalho na área é composta por mulheres. Com o objetivo de mudar essa realidade, a Vale se comprometeu a abrir mais espaço a elas em suas operações: até 2025, a meta é dobrar a representação feminina de 13% para 26% na empresa. De 2019 para cá, já houve um progresso significativo, com as mulheres representando 22,1% de seus colaboradores. Além disso, elas também estão mais presentes nos cargos de liderança sênior, passando de 12,4% para 22,6% nesse período. “São cerca de cinco mil mulheres a mais desde 2019, quando a meta foi divulgada”, complementa Fernanda.
Entretanto, por mais impressionantes que essas metas sejam, a atuação da Vale vai muito além dos números. A empresa, no papel de “agente de transformação”, tem impactado positivamente as comunidades onde opera, capacitando e empoderando o público feminino por meio do compartilhamento de conhecimento.
Como bem observa Fernanda, essa interação é fundamental para que essas mulheres “possam se desenvolver e alavancar suas carreiras”. Entre as diversas iniciativas inclusivas realizadas pela Vale, destacam-se os programas de Aceleração de Carreira para Mulheres Negras, com foco em mentorias e oficinas, e de Formação Profissional direcionado para mulheres e pessoas com deficiência.
Compromisso com a equidade étnico-racial
Além de seu compromisso com a equidade de gênero, a mineradora multinacional também estabeleceu um importante objetivo no que diz respeito à equidade étnico-racial. Até 2026 a meta é garantir que 40% das posições de liderança no Brasil sejam ocupadas por líderes negros. Os avanços nessa direção também já são significativos: em 2022, a Vale encerrou o ano com 32,1% desses cargos assumidos por pessoas negras. Na contramão disso, o mercado de trabalho brasileiro ainda oferece pouco espaço para as lideranças negras. De acordo com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, líderes negros representam menos de 30% dos cargos gerenciais em todo o país.
Em consonância com expansão de oportunidades em cargos estratégicos, a empresa lançou um manifesto antirracista e implementou uma série de iniciativas com o objetivo de fomentar um ambiente inclusivo e diverso. Só no ano passado, foram introduzidas ações afirmativas voltadas para o desenvolvimento de talentos negros, práticas de recrutamento inclusivo, medidas de combate ao assédio sexual (por meio do programa Reagir), programas de desenvolvimento em letramento racial e a criação de grupos de afinidade.
Enfrentamento ao racismo
Ainda com o objetivo de promover uma transformação positiva não apenas em seu quadro de colaboradores, mas também na sociedade, a Vale tem estabelecido parcerias com outras empresas comprometidas com o enfrentamento ao racismo. Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da mineradora, cita como exemplos o Movimento pela Equidade Racial (MOVER), do qual participam 50 empresas com o objetivo de gerar dez mil novas posições de liderança para pessoas negras; e o programa Carreiras Com Futuro, centrado no desenvolvimento de carreira de profissionais negros em todos os níveis de uma organização.
Além desses compromissos inspiradores, Fernanda destaca que a Vale também aderiu no ano passado ao Pacto de Promoção da Equidade Racial, uma iniciativa valiosa que reúne empresas e organizações ligadas ao movimento negro com o objetivo de implementar no país um Protocolo ESG. Na prática, isso significa adotar não só ações afirmativas, mas também investir na formação de profissionais negros e na melhoria da qualidade da educação pública. O objetivo é claro: a formação de mão de obra qualificada e, por consequência, maior integração no mercado de trabalho. “Dessa forma, trazemos a questão racial para o centro do debate econômico e atraímos a atenção de grandes empresas”, complementa.
Respeito às diferenças na Vale
O respeito às diferenças individuais também se manifesta na promoção de oportunidades para profissionais com deficiência, que hoje representam 5,4% da força de trabalho da Vale. São 2.700 colaboradores atuando nas mais diversas funções, dentro de um ambiente inclusivo e acessível, onde o capacitismo não tem vez. “Trabalhamos para proporcionar uma estrutura de trabalho inclusiva e acessível, onde as pessoas com deficiência possam entregar todo o seu potencial”, afirma Fernanda Castanheira, gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale.
No campo da acessibilidade, um dos destaques da Vale é o Programa Autônomos, que desde 2014 tem criado novas oportunidades de desenvolvimento e crescimento de carreira para o público PCD. Por meio de equipamentos não tripulados e que podem ser operados remotamente, a iniciativa torna possível que pessoas com deficiência desempenhem funções que antes poderiam parecer inviáveis.
Jornada pela inclusão
Esse é o caso da colaboradora Bruna Marina Adriano Pinto, que trabalha na mina Brucutu, em Minas Gerais, operando uma das perfuratrizes autônomas do projeto a partir de uma cabine. Com uma condição de cegueira em um dos olhos, ela não poderia operar o maquinário manualmente devido à sua baixa visão. No entanto, graças ao Programa Autônomos, ela é capaz de realizar todas as tarefas com segurança.
Com o objetivo de promover uma experiência de trabalho equânime, a Vale também investe em programas de formação exclusivos para profissionais com deficiência, trilhas de aprendizado e disponibilização de material informativo para líderes e empregados. “Essas são algumas das iniciativas que têm dado suporte nessa jornada de construir um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo”, celebra a gerente de Diversidade, Equidade e Inclusão da Vale, Fernanda Castanheira. A busca por um futuro mais próspero começa agora: ao acreditar na potência das pessoas, a Vale está comprometida em transformar o planeta.
Diversidade e inclusão: informações relevantes
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