CONARH

Conselheira independente é trunfo ESG da Seguros Unimed

"Todos nós temos vieses. Precisamos nos perguntar, todos os dias, o que podemos melhorar", entende a publicitária Ana Fontes, escalada por seu destaque à frente da Rede Mulher Emprendedora

de Redação em 22 de abril de 2022
Ana Fontes no CONAR 2022. Foto: Léo Piza Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora. Foto: Léo Piza

Ana Fontes, publicitária e jornalista reconhecida internacionalmente por seu apoio ao empreendedorismo feminino, por meio da Rede Mulher Empreendedora, é nova conselheira externa da Seguros Unimed. Presente ao 48º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas – CONARH 2022, ela palestrou, a convite da empresa, em uma das arenas da feira anexa ao evento, falando sobre sua trajetória até se tornar uma das pessoas mais influentes no ecossistema empreeendedor e sobre o impacto da diversidade e da inclusão nos negócios.

Para Ana, que sofreu na pele o preconceito contra seus marcadores sociais – parda, de origem humilde no Nordeste brasileiro e mulher, teve uma promoção negada só por ser do sexo feminino –, é preciso nivelar oportunidades e simplesmente começar a agir. Independentemente das diretrizes das empresas, ela recomenda que os gestores iniciem individualmente um acolhimento das diferenças, fazendo um exercício de consciência, que ela própria, como disse, faz diariamente. “Todos nós temos vieses. Precisamos nos perguntar, todos os dias, o que podemos melhorar, o que fizemos e o que podemos fazer para gerar mudanças.”

Como esforço coletivo, é necessário compreender a real composição de nossa sociedade – citando dados governamentais que evidenciam mulheres, negros e população de baixa renda como maiorias populacionais, presentes, no entanto, entre os piores indicadores sociais, ela explica a diferença entre tratá-los como públicos minorizados, e não minorias, nesses casos, dando maior dimensão do impacto do preconceito e da falta de espaço estruturais, e também, por outro lado, do impacto possível com as ações de inclusão.

Guarda-chuva ESG

Na Seguros Unimed, Ana Fontes destaca os pontos positivos da companhia sob o conceito ESG – sigla universal para para o tratamento integrado a temas de meio ambiente, diversidade e inclusão e governança. Inserir no conselho uma mulher ligada à diversidade é um deles, entende a executiva. Positivo, também, é dar espaço a essa colaboração.

“Eles estão me dando voz nas questões das quais eles estão buscando se aproximar”, conta, tendo em vista que isso nem sempre acontece em outras companhias. Outro ponto importante, ressalta Ana, é a quantidade de ações que eles já faziam em áreas relacionadas ao tema, mas ainda fora do ‘guarda-chuva’ ESG”. Para além dos comitês de negócios e governança que participa, ela se envolve diretamente no auxílio aos gestores dessas ações e orienta a respeito das melhores práticas.

Contando com sua consultoria, a Seguros Unimed acelerou etapas para a gestão dessas ações de forma mais alinhada à proposta ESG, conta Ana Célia Gonzales, Gerente de Sustentabilidade, Diversidade e Inclusão, Saúde e Bem Estar da empresa.

Ana Fontes, da Rede Mulher Empreendedora, ao fundo, e Ana Célia Gonzales, da Seguros Unimed, em estande da empresa junto ao CONARH 2022. Foto: Léo Piza



Sob os pilares Raízes, Todos por Elas, Muito Além do Gênero e Equidade nas Diferenças (em atendimento a pessoas com deficiência), e parcerias com organizações da sociedade Civil, entre outras ações, a companhia impacta, cerca de 1200 famílias. Atende mais de 700 jovens com educação e arte, torna protagonistas mais de 200 idosos atuantes em hortas cooperativas orgânicas, como multiplicadores do projeto e educadores nas comunidades. “Estamos dentro do sistema Unimed e dialogamos muito com as cooperativas”, destaca Ana Célia, sobre a troca que ocorre em ESG, com relação às ações desenvolvidas pelas cooperativas de saúde Unimed.

Internamente, dos 1,4 mil colaboradores na empresa, 34% são homens e 66%, mulheres. Em cargos de gestão há 173 líderes – 46% são mulheres e 54%, homens. Retenção após a licença-maternidade passou de 89% (2019) para 96% (em 2021). Em pesquisa de clima, destacando o pilar diversidade e inclusão, a assertiva o ano passado foi de 97,6 em 100 – colaboradores da empresa acreditam que pessoas de qualquer idade, raça e orientação sexual são tratadas com a mesma justiça e respeito na companhia.

Para as organizações que procuram avançar nos indicadores ESG, Ana Fontes, por sua vez, recomenda: “É preciso o envolvimento das altas lideranças!”. As mudanças acontecem mais facilmente de cima para baixo, destaca a conselheira independente.
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Ruben Fernandes, da Anglo American, Maite Leite, do Santander, e Marcelo Araújo, da Ultrapar, em palestra sobre ESG no CONARH 2022. Foto Helcio Nagamini/Argosfoto


ESG no CONARH 2022

Além da palestra na arena, o tema ESG – Liderando com o propósito de transformar o mundo foi debatido no auditório principal do evento por Maitê Leite, COO do Segmento Corporate do Banco Santander Brasil; Marcelo Araújo, diretor executivo Corporativo e Participações da Ultrapar; e Ruben Fernandes, CEO de Base Metals & Strategy da Anglo American.

Fernandes destacou a necessidade do ESG ser tratado em alinhamento às estratégias de negócios, conferindo maior impacto na sociedade. Já Araújo entende que as pequenas e médias empresas devem refletir profundamente sobre seu papel nesse sentido. Maitê, por sua vez, acredita que, para maior impacto, ao menos no quesito diversidade e inclusão, é preciso vivenciar o universo que se quer impactar – conhecer realidades diversas melhora a assertividade das iniciativas ESG em seu pilar social.


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