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Gestão humanizada e tecnologia podem andar Juntas, dizem especialistas

Durante painel do Fórum Melhor RH Tech especialistas destacaram a importância de uma cultura humanizada dentro das empresas diante dos avanços tecnológico

de Redação em 4 de outubro de 2022
Mauricio Pedro, do Senac São Paulo; Julia Gamba, da Signify; e Fabiano Rangel, da Leão: discussões conciliam humano e tech

(Colaborou Luiz Zak)

A tecnologia se torna indispensável em nosso cotidiano. A partir da revolução tecnológica, o modo como nos comunicamos mudou, tornando-se mais ágil e instantâneo. Com a sociedade cada vez mais inserida no mundo digital, para o ramo empresarial tornou- se indispensável acompanhá-la. Os avanços tecnológicos podem nos afastar ou aproximar a partir das relações dentro de uma empresa e tornar a relação humana mais humanizada no meio tecnológico. A tecnologia leva também a digitalização do trabalho e seus processos, modificando as lógicas organizacionais. Essa foi a discussão central do painel “Gestão sob medida” – durante o 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0 no mundo digital, promovido pela Plataforma Melhor RH

Participaram do painel os speakers: Fabiano Rangel, head de Desenvolvimento Organizacional e Institucional da Leão Alimentos e Bebidas; Julia Gamba, head de HR da Signify; e Maurício Pedro, gerente Corporativo do Senac São Paulo

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Julia começa sua fala ressaltando que empresas são formadas por relações humanas, mas não necessariamente elas são humanizadas: “Relação humana é qualquer relação entre dois, mas se eu não tenho o respeito e não enxergo a pessoa que está na minha frente como um indivíduo completo com suas necessidades particulares e não respeito ele em sua autenticidade esta relação não é humanizada”. Para a head de HR é preciso iniciativa das empresas para dar condições iguais para que todos possam ser autênticos no seu ambiente de trabalho. Para ela, a tecnologia contribui no melhor desempenho dentro do ambiente profissional, visto que com ela é possível contratar talentos de várias partes do Brasil em empresas que proporcionam trabalhos home-office, porém é preciso aliar a tecnologia a necessidade das pessoas.

“É possível atrair talentos diferentes para sua organização que não estão a um alcance de um ônibus, mas que podem contribuir à distância. Conseguimos nos conectar a pessoas do mundo todo, antes da tecnologia seria impossível, por exemplo, trabalhar com alguém da China, me conectar e construir coisas em conjunto se não tivesse a tecnologia para me embasar. A tecnologia tende a dar uma solução a todos os problemas, mas é preciso entender as características de cada um e construir tecnologias que atendam às pessoas e não pessoas que atendam as tecnologias porque começamos a ter relações mais robóticas e menos humanizadas”, ressalta Giulia.

A posição de Fabiano Rangel é semelhante. Para o head da Leão Alimentos, é preciso construir uma relação mais humanizada no ambiente de trabalho com o aporte da tecnologia.

“O avanço tecnológico é inexorável. Eu particularmente parto do princípio que se nos olharmos de forma fria e pragmática a tecnologia pode ser vista sim como uma extensão de nossas relações humanas, porque ela amplia nosso horizonte que nossos limites físicos não permitem. Se olharmos pela perspectiva da comunicação, da capacidade de processamento de dados, ou seja, se olharmos sob este prisma a tecnologia é uma extensão das nossas potencialidades. Se usarmos todo o arcabouço do potencial tecnológico para agregarmos mais valor, podemos construir cenários bastantes humanizados com o aporte da tecnologia”, Ressalto Rangel.

TRANSFORMAÇÃO CULTURAL PARA CONSTRUIR RELAÇÕES HUMANIZADAS

Giulia lembra que a tecnologia e os seres humanos precisam se completar para um bom resultado na vida profissional e pessoal: “A intenção que usamos ela vai definir se está levando para um futuroBlack Mirror, de controle ou vai permitir que as pessoas se conectem, se expressem, alivie uma carga operacional para construir relações humanas e usar o que o ser humano tem de melhor muito mais que um robô”.

O gerente Corporativo, Maurício Pedro, destaca que assim como várias empresas precisaram se adaptar às mudanças tecnológicas, com o Senac não foi diferente. Na empresa há mais de 26 anos, ele lembra que em 2019, antes da pandemia, a instituição já estava no mundo digital, apesar de ser um processo novo para muitos colaboradores.

“Antes da pandemia vínhamos já no mundo digital, em simplificar processos, fizemos uma série de visitas e discussões com gestores, essa questão cultural, resolvendo com discussões. Colocamos o tema para todos do Senac, estabelecemos processos que digitalizam documentos, nossas plataformas alavancaram muitos, nós fizemos reuniões digitais, o que foi um processo novo para muitas pessoas”.

TRAÇOS CULTURAIS PROPÍCIOS À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 

As inovações que a tecnologia propiciou também foram tema do painel, os especialistas destacaram o avanço do mundo tecnológico sobre os negócios, e adaptação necessária para a criação de novos horizontes de trabalho. Neste ponto Fabiano Rangel afirma que muitas empresas foram se adotando um novo modelo de trabalho para o digital, adaptando-se às novidades tecnológicas: “Assim como no mercado de consumo, no mercado de trabalho as coisas vão acontecer com maior velocidade, mas a experimentação, ou seja, que toda organização é formada por pessoas e ela tem que ter como elemento central dar uma experiência de agregação de valor para as pessoas. A empresa inevitavelmente vai precisar de um ponto de contato. Antes falávamos de ponto de chegada, agora com o mundo cada vez mais diluído podemos falar em ponto de contato, nos encontramos no Linkedin, nos encontramos numa loja física, numa sala de reunião, numa estação de trabalho, ou seja, a forma como o mundo digitalwork começa a se comunicar. Assim surge a dúvida de como as empresas vão construir a cultura de adaptação, criando novos horizontes”.

Rangel ressalta o papel uma liderança diante desses novos horizontes, apesar de a tecnologia mudar algumas estruturas hierárquicas: “O avanço tecnológico é inexorável, nós, como pessoas, temos um papel importante sobre isso; nós, como RH e lideranças, temos uma responsabilidade sobre como nós vamos ingressar, porque a intenção vai ser a mãe que vai determinar a cultura que nós queremos pela frente, o quão mais humanizado nós vamos ser. Vamos ter que fazer uma escolha ser a viúva do passado ou a estagiária do futuro, o pensamento vai ser sempre esse, o quanto eu me permitido desaprender tudo que eu vi até aqui para reaprender as novas possibilidades que a tecnologia nos permite”.

Assista ao 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0 no mundo digital no canal da Melhor RH no YouTube. Acesse pelos links abaixo.

O evento foi realizado nos dias 22 (presencial) e 23 de setembro (on-line, acima) e contou com a participação de mais de 20 especialistas de diversos segmentos que abordaram os principais desafios e oportunidades do uso da tecnologia para a transformação do RH.  Para ver a gravação dos painéis presenciais clique aqui.

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