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Mulheres são mais eficientes à frente dos negócios, diz pesquisa

de Redação em 2 de setembro de 2019
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“Há um grande interesse das empresas em exercer a igualdade dentro de suas organizações, porém, é preciso aplicar políticas eficientes e efetivas, para que o interesse saia do papel”, comenta coach

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Dados de uma pesquisa desenvolvida pela consultoria de desenvolvimento de liderança Zenger/Folkman, que avalia os critérios de liderança,  aponta que as mulheres estão na liderança em diversas competências avaliadas, entre elas a capacidade de tomar iniciativas, agir com resiliência, investir no autodesenvolvimento e focar nos resultados, além de demonstrar integridade e honestidade.

A análise solicitava aos indivíduos que avaliassem a eficiência de seus líderes em diversos quesitos e concluiu que as mulheres foram avaliadas como mais eficientes em 84% dos critérios.

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A coach especialista em desenvolvimento de lideranças e certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching, Carolina Valle Schrubbe, explica que, infelizmente, os resultados não condizem com as contratações em grandes empresas no país. “Ainda há muito o que ser feito para que este percentual alcance as empresas contratantes”, diz.

Em pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em parceria com os jornais Valor Econômico, O Globo, as revistas Época, Marie Claire e a ONG Will (Women in Leadership in LatinAmerica), sobre “Mulheres na Liderança”, 52% dos CEOs afirmam que o tema é prioritário, mas somente 26% das empresas que responderam a pesquisa possuem uma área dedicada a igualdade de gênero.

“Há um grande interesse das empresas em exercer a igualdade dentro de suas organizações, porém, é preciso aplicar políticas eficientes e efetivas, para que o interesse saia do papel”, comenta Carolina.

Entre 1997 e 2018, a presença feminina em cargos de liderança nas 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, evoluiu de 11% para 42%.

A especialista em desenvolvimento de lideranças ressalta que, mesmo com um crescimento expressivo, as mulheres ainda são minoria. “Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Não se trata de simplesmente implantar uma política de inclusão. As empresas que, estrategicamente investem na liderança feminina, desenvolvem um ambiente corporativo diferenciado, com diversidade de hábitos e visões, incrementam discussões para construção de resultados sustentáveis em todos os aspectos.”, ressalta Carolina. 

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