A chegada das startups e da nova geração de líderes, em um mundo cada vez mais competitivo, trouxe um aumento na quantidade de cargos de gestão, C-level e carreira Y. Isso porque a pandemia transformou as relações de trabalho. Muitas empresas estão atuando de maneira exclusivamente remota, fazendo com que o perfil de liderança nunca tenha sido tão importante quanto agora. Porém, muitos executivos possuem currículos exemplares, mas não conseguem orientar suas equipes com ações assertivas. Pesquisas mostram que 50% da baixa produtividade dos funcionários vem da falta de habilidades de liderança dos gestores e que 75% dos pedidos de demissão são por conta de seus líderes, segundo dados da Gallup Organization.

É notável que a pandemia mudou hábitos e transformou a visão dos líderes, inclusive na área de TI. Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral apontou que a maioria dos entrevistados (29%) está dando mais atenção às habilidades estratégicas, e 22% estão focados na gestão de pessoas e competências interpessoais (ou soft skills).

Todos os dias, somos bombardeados por situações que exigem um posicionamento, uma reação esperada, uma atitude, fazendo com que se remeta a habilidades de comportamento para tomada de decisão. Como disse Ray Dalio em seu livro Princípios: “Sem princípios, seríamos forçados a reagir a tudo que a vida joga sobre nós individualmente, como se vivenciássemos cada situação pela primeira vez”.

Quando trazemos para o mundo de negócios, Ray Dalio comenta também em seu livro: “Creio que o segredo para o sucesso esteja em saber lutar por um grande objetivo e em fracassar bem, isto é, ser capaz de experimentar fracassos dolorosos (fonte de grande aprendizado), mas não um fracasso grande o suficiente para tirá-lo do jogo”. Estabelecer uma dinâmica de aprendizado e evolução torna-se uma abordagem muito interessante para se relacionar no ambiente de trabalho, e, principalmente, na forma de enfrentar as dificuldades no dia a dia, além de ajudar a entender que esse crescimento faz parte do processo evolutivo para se chegar ao seu objetivo principal (seu propósito), trazendo melhores resultados para a vida profissional e pessoal.

Lembro-me também do livro Mindset, de Carol Dweck, em que ela aborda sobre o tipo de mentalidade que faz com que você encare de formas distintas as decepções no trabalho, ou nas dificuldades que um desafio lhe impõe para atingir os resultados esperados. Saber trabalhar em equipe nunca foi tão requerido na carreira. É preciso que a equipe compartilhe princípios em busca do sucesso. Gosto da ideia desse mindset de crescimento, em que você se coloca em uma condição de eterno aprendiz, trazendo reflexões sobre o que poderia ter sido melhor, como poderia treinar mais ou aprender algo diferente.

Por isso tudo, encare a jornada como um processo de aprendizado e constante evolução. Entender que, para se realizar como profissional de Tecnologia, os acertos e erros fazem parte do caminho a ser percorrido. E saber lidar com eles, com bom equilíbrio, trará uma satisfação ainda maior. Gosto da ideia de Jack Welch que diz “torne as coisas divertidas, seja o Chief Fun Officer”. Portanto, ao final disso tudo, divirta-se e dê boas risadas, mas aprenda muito sempre, e faça isso com humildade e mente aberta.