Pesquisa

Escassez de talentos no Brasil supera média global

Mercado global enfrenta a maior falta de talentos em 17 anos, e Brasil está entre os 15 países mais deficitários, diz pesquisa do ManpowerGroup

De acordo com pesquisa recente da consultoria ManpowerGroup, a escassez de talentos no Brasil superou a média global em 2023, embora em uma escala um ponto percentual menor do que no ano anterior. O estado que mais sofre com o problema, impulsionado sobretudo pelo setor de tecnologia, é o Paraná (86%), seguido de São Paulo (82%), e acima dos outros estados deficitários da lista está, ainda, a cidade de São Paulo, que enfrenta a alta taxa de 76%.

Segundo a consultoria, são várias as razões pelas quais pode haver escassez de talentos em determinadas áreas ou setores da economia brasileira. A empresa credita a questão a “mudanças no mercado de trabalho, surgimento de novas tecnologias, envelhecimento da população e falta de diversidade e inclusão”, entre outras possibilidades que também afetam o mercado global.

No ranking dos 15 países mais afetados pela escassez, liderado por Taiwan, Alemanha e Hong Kong, nesta ordem, o Brasil ocupa, contudo, o penúltimo lugar, praticamente empatado com Bélgica e França, figurando entre os dois países.

Ainda segundo o estudo, que ouviu empregadores em 41 países e territórios, aproximadamente 4 em cada 5 deles relatam dificuldade de contratar os talentos necessários em 2023. O crescimento da taxa de escassez global foi de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, e mais que o dobro do nível registrado em 2013. O percentual partiu de 35% naquele ano, e em pouco mais de uma década alcançou 77%, a taxa mais alta, considerando os últimos 17 anos.

No Brasil, demanda ainda é por resiliência e adaptação

Entre as skills mais procuradas no mercado de trabalho brasileiro, capacidade de adaptação e resiliência lideram a lista, requeridas por 34% da amostra. No mundo, busca-se mais confiabilidade e autodisciplina (entre 29% dos participantes ouvidos).

Em âmbito global, maior procura é por talentos de TI e dados. Já as áreas econômicas afetadas pela escassez têm sido os setores de Bens de Consumo e Serviços e Finanças e Imobiliário. Investir no desenvolvimento da equipe e oferecer maior flexibilidade de tempo e local têm sido a saída nesses e em outros setores deficitários para completar o time e atrair e reter talentos, respectivamente.

A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

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