Pesquisa

Falando de assédio na empresa

Instituto ouviu 2.435 funcionários e candidatos, de 24 empresas privadas no Brasil, que ocupam posições sensíveis em suas organizações

A prática do assédio talvez seja tão antiga quanto a organização do homem em sociedade. Acontece nas famílias, no trabalho, entre amigos, na escola. Uma prática covarde, que se vale do poder de uma pessoa sobre outra. Falando em assédio na empresa, em muitos casos, o assédio é praticado de forma invisível, sem que o assediado denuncie. Em outros, com a omissão de quem está ao redor.

O que os profissionais têm a dizer sobre o assédio na empresa? Já praticaram alguma forma ou já foram vítimas? Qual a visão das pessoas frente a hipóteses de conflitos éticos e seu nível de resiliência a estes dilemas que poderão estar expostos no ambiente organizacional?

Foi este o foco da pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental (IPRC). Surpreendentemente ou não, metade dos profissionais brasileiros pratica ou tolera assédio em seu ambiente de trabalho.

Os temas foram subdivididos em “Assédio Moral”, “Assédio Sexual” e “Corporativismo”.

O que a pesquisa apurou

Assédio moral

37% tendem a não aceitar a prática que ocorre na organização.
18% toleram o assédio moral como algo normal e aceitável.
41% mesmo vivenciando assédio moral ocorrendo ao seu lado com outros colegas, irão se omitir.

Assédio sexual

43% possuem alta resiliência para não aceitar o assédio sexual em seu ambiente de trabalho.
37% tendem a cair na “cultura da indiferença” ao não se importar que colegas sofram intentos de um superior.
16% buscam deliberadamente se aproveitar da posição hierárquica que possuem para tentar subjugar subordinados para favores sexuais.

Corporativismo

43% percebem que o corporativismo é nocivo à organização. Essa percepção pode ter origem na ideia de que a famosa “panelinha” para prejudicar quem não faz parte dela gera.
47% aceitam participar ou mesmo presenciar ações coletivas de grupos para a “politicagem”, desde que não sejam explícitas e diretamente nocivas a outros colegas.
7% irão praticar o ato de forma consciente e deliberada, provavelmente visando um benefício futuro ou até mesmo imediato com essa atitude.

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