Pesquisa

Fintech radiografa o trabalho remoto

Pesquisa com 632 profissionais aponta peculiaridades e tendências do modelo que ganha força na pandemia

Husky , fintech que elimina burocracias, automatizando contabilidade, administração financeira e câmbio para que PJs possam se concentrar em suas carreiras, apresenta a primeira edição do Censo do Trabalho Remoto no Brasil. Foram entrevistados 632 profissionais, de todo Brasil, que atuam em home office, para saber quais são as vantagens e peculiaridades deste crescente modelo de trabalho. 

O estudo mapeou que 69,5% de seus respondentes trabalham nesse modelo há menos de três anos. “Nosso objetivo foi levantar o perfil destes trabalhadores e entender em quais áreas trabalham, quais vantagens enxergam e quais possibilidades existem na prática que estão alinhadas com as novas formas de trabalhar e viver”, explica Maurício Carvalho, cofundador e CTO da Husky.

Por razões diversas, como a não necessidade de locomoção e mais horas de sono possíveis, 76,8% das pessoas consideraram a mudança para o trabalho remoto positiva. No estudo, 84,9% delas afirmaram ter esse regime como uma meta pessoal antes de alcançarem essa posição.

Item importante, a liberdade de horários foi apontada por 59,7% dos consultados como um dos principais benefícios do regime de trabalho remoto.

Maioria “dev”

Por conta dessa maior aderência no mercado tech, a atividade remota já é uma realidade maior para desenvolvedores de software.

Dos quase 700 entrevistados, 54,4% trabalham com desenvolvimento de softwares. A amostragem desses profissionais, cobiçados pelas empresas, registrou uma média salarial de R$ 14.439,85.

Em linhas gerais, 46,3% dos 632 profissionais consultados afirmaram encontrar no trabalho remoto, entre outras vantagens, uma melhor remuneração (38,5% dos entrevistados ganham mais de R$ 10.000,00 mensais.

Os desenvolvedores de software, empresários e profissionais de marketing estão respectivamente no topo do ranking e totalizam 73,1% da amostra. A área de vendas aparece em quarto lugar, com 4,6% de share.

Acredita-se que entre 60 a 70% do dinheiro proveniente deste regime venham da área de tecnologia. Em pesquisas passadas, era o segmento de vendas o campeão de adeptos remotos. Outros mercados como design, gestão e educação (professores) também estão presentes no mapeamento.

Apesar de o levantamento da Husky indicar que as empresas que mais contratam trabalhadores remotos possuem até 500 funcionários (totalizando 75,8% dos casos), as primeiras companhias gigantes a aderirem essa tendência parecem ser as de tecnologia. Entre elas, destaque para IBM, CI&T e Accenture.

Daqui para o exterior

A Husky mapeou que 49,7% das empresas que contratam brasileiros estão fora do Brasil. A renda gerada por aqueles que trabalham daqui “para fora” foi de US$ 5 bilhões, em 2018 – US$ 420mi maior do que em 2017, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

O câmbio atual favorece a contratação de mão de obra brasileira. Não à toa, os Estados Unidos são, disparadamente, o país que mais contrata profissionais remotos brasileiros. Dessas pessoas que prestam serviços para o exterior,  85,3% estão na faixa etária de 20 a 40 anos.

As empresas estrangeiras que utilizam esse sistema já são, em sua maioria, empresas maduras: 76,5% delas têm mais de oito anos e acima de mil colaboradores. Já no mercado brasileiro, empresas com menos de 20 colaboradores são maioria, com 71,3% de share.

“Hoje são inúmeras as ferramentas que possibilitam o gerenciamento de colaboradores em diversas partes do mundo. Aqui na Husky, nosso time é a prova de que distância pode caminhar junto com eficiência. Desmitificar o trabalho remoto é importante para tornar os profissionais brasileiros também profissionais globais e maior remuneração é apenas uma das vantagens deste sistema”, finaliza Tiago Santos, cofundador e CEO da Husky.

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