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Quando o investimento em employer branding atrai também felicidade…

...o resultado é, além de uma empresa mais atrativa para o colaborador, uma maior produtividade. Medir o ROI dos investimentos em bem-estar, contudo, é um capítulo à parte

de Redação em 22 de junho de 2022
Rawpixel/ Freepik.com

Atrair talentos é uma tarefa muito mais complexa do que apenas recrutar candidatos. É um processo contínuo que envolve, acima de tudo, o compromisso com a satisfação de seus colaboradores, refletindo, ao mesmo tempo, a proposta de employer branding da organização. Nesse processo, muito mais do que o salário econômico, benefícios e o “salário emocional” – ou o que a empresa oferece em termos de bem-estar para o candidato – têm pesado muito na decisão de aceitar uma vaga. Painel do 2° Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, realizado pelas plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, no início de junho, tratou do tema, com a presença de Soneli Angelini, Diretora Executiva da Assegurou Saúde, e Eliudem Galvão, Diretor da EG Consultoria.

Soneli aponta que o “salário emocional”, que se relaciona aos índices de felicidade na organização e constitui, para o colaborador, uma “recompensa além das cifras”, está atrelado ao tripé: cultura, preparação de lideranças e ferramentas de suporte. Esses três itens devem “andar” juntos, acredita a executiva. “E quanto mais consigo manter uma equipe engajada, em um ambiente positivo, mais produtiva ela será”, ressalta, sobre o novo entendimento do mercado sobre o tema. Percepção diretamente relacionada ao aumento da demanda por produtos e serviços que ajudem a promover o bem-estar do colaborador: aplicativos, estabelecimentos e consultorias que ofereçam alimentação adequada, psicólogos, atendimento médico e odontológico, educação física e educação financeira, entre outros.

Investir em benefícios e salário emocional, portanto, é investir não só em atração e retenção de talentos, no reforço a uma marca empregadora, mas também em evolução contínua, refletida em resultados de produção e, consequentemente, financeiros. A Felicidade não é um bônus, um fim, revela Soneli. Ela é um objetivo da empresa, mas também caminho para alcançar resultado. “No final do dia a gente espera a produtividade. Como fazemos para produzir faz toda a diferença”, enfatizando que aí se insere o cuidado com o desenvolvimento do colaborador e com o seu bem-estar.

Galvão concorda: “Produtividade virou um jargão, mas muitas empresas se esquecem do que deve ser feito para promovê-la”, referindo-se às organizações que ainda não acompanham essa nova perspectiva do mercado.

Qual é o seu impacto na empresa?

Ao abordar um dos pontos do tripé mencionado por Soneli – a liderança – Galvão destacou o impacto do líder nesse processo, quando este faz “saques” nessa “conta emocional” do colaborador, “pegando pesado” com o time, esquecendo-se, depois, de equilibrar o saldo, enaltecendo as conquistas e pontos fortes da equipe. Ao que Soneli acrescenta: não dá para ser sempre legal.

É preciso fazer o que deve ser feito, na crise, mas é necessário, contudo, que os gestores reconheçam a contribuição de cada indíviduo à organização, e não apenas cobre o exercício do papel presumido de cada um, valorizando e esclarecendo o real impacto do trabalho e da função de cada colaborador na companhia. “Quando você sabe o que faz, como faz e qual o impacto na empresa, muda a sua relação com ela”, ressalta a executiva da Assegurou Saúde, sobre outro olhar que pode auxiliar no oferecimento de um maior “salário emocional” nas companhias.


Como medir o ROI da felicidade corporativa

Que investir em salário emocional retém talentos, melhora a marca empregadora e aumenta a produtividade ficou claro. O retorno sobre os investimentos em uma cultura de felicidade, por sua vez, ainda é um indicador complexo, o que foi tema de outro painel do 2° Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa. Desta vez na presença não só de Soneli Angelini, da Assegurou Saúde, mas de Jorgete Lemos, CEO da Jorgete Lemos Pesquisas e Serviços Ltda, e mediação de Renato Acciarto, Especialista em Comunicação Corporativa, Interna e Digital.

Jorgete Lemos lembrou, primeiro, índices que medem felicidade nas organizações, como o FIB (Felicidade Interna Bruta, validado pela ONU, adaptado do Butão, país que mede a felicidade do seu povo desde a década de 1970) e o IFT (Índice de Felicidade no Trabalho, que envolve validação da FIA – USP). São indicadores que auxiliam a mensurar resultados práticos das ações em felicidade, materializando-as, como podem ser materializados os investimentos, gerando possibilidades de comparações. “Temos o tradicional e, hoje, o auxílio da inteligência Artificial”, completa a consultora, lembrando que o bem-estar do colaborador e na empresa também pode ser medido também em tempo real, com o auxílio de soluções específicas em tecnologia.

Acciarto, por sua vez, provoca a reflexão das participantes para que respondam se a pandemia, evidenciando temas de bem-estar e saúde, favoreceu o trabalho com indicadores sobre o tema nas organizações, popularizando o seu uso.

Soneli responde que, muito pelo contrário. O cenário ainda está sofrendo velozes transformações e os investimentos não se consolidaram, nem as ações – estão em curso e incompletos. “Transferir isso para resultados financeiro não é algo fácil”, crê Soneli, visto que não existem metodologias específicas. Mas ações não podem parar e apoiá-las financeiramente se faz, contudo, necessário.

Jorgete concorda, ao passo que menciona uma fórmula possível, que muitas empresas não consideram: medir, na verdade, o custo antes das implantações. Pode-se medir, segundo a consultora, o quanto de absenteísmo, presenteísmo, quedas na produtividade e na velocidade de produção havia em um período anterior, e o quanto isso impactava na receita. “Essa é uma visão que precisa ser incutida no dia a dia das lideranças, o líder precisa ficar atento e acionar os recursos humanos quando ele perceber situações que impactam nesse sentido”, destaca.


Quer saber mais sobre as discussões do
2º Fórum Melhor RH de Felicidade Corporativa?

Para assistir às gravações do primeiro dia do evento clique aqui . Para o segundo dia, acesse este link.


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