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Insegurança na linha de frente

Em meio à pandemia, contornar a insegurança pode ser o ponto chave para o progresso da empresa

de Gabriel Alves em 30 de setembro de 2021

Em meio a um cenário pandêmico, o medo e a insegurança são dois sentimentos que serpenteiam dentro do campo interno das empresas. Por isso, buscar formas de dissipar tais sentimentos pode ser o ponto chave para o progresso da empresa e do exercício de regeneração da saúde mental de seus colaboradores.

Para discutir esse cenário, o Fórum Melhor RH de Felicidade Corporativa teve como um dos temas em seus painéis a “Insegurança nas Linhas de Frente”. O Painel contou com a participação de Júnia Marçal, Superintendente de Pessoas da Unimed BH, e Patrícia Barros, Coordenadora de Saúde Operacional da rede United Health Group (UHG). A mediação da mesa ficou por conta de Juliano Gasparetto, Diretor Executivo no Grupo Marista / Hospital Universitário Cajuru.  

O cuidado com o público interno 

Júnia Marçal iniciou o debate falando das estratégias adotadas dentro da Unimed. Segundo ela, o primeiro investimento inicial foi em segurança, equipamentos e informação. Júnia salientou a importância da transparência voltada para as informações compartilhadas no setor interno, algo que possibilitou ter o parâmetro da evolução do quadro pandêmico não só no Brasil, mas também em outros países. 

A psicóloga abordou também a importância do papel de psicólogos e rodas de conversa nesse período. “Buscamos ações diretas de acolhimento, com o apoio de psicólogos nas unidades essenciais de maneira presencial, para que pudessem dar suporte às equipes que se encontravam emocionalmente desgastadas com o trabalho”, contou Júnia.   

Por sua vez, Patrícia Ramos falou sobre as ações adotadas pela UHG para reforçar os processos que já existiam na empresa. Segundo ela, a ativação de um programa de atendimento psicológico, com maior comunicação, foi um desses reforços, juntamente com o deslocamento de psicólogos para atendimento em unidades hospitalares aos colaboradores. “Intensificamos aquilo que já existia, e direcionamos a área de saúde ocupacional para que tivessem um direcionamento e pudéssemos falar todos a mesma linguagem”, explicou Patrícia.

Diante de um cenário de crise e incerteza, Patrícia salientou a importância da ajuda entre colaboradores frente às adequações do setor interno. “A solidariedade foi algo muito pertinente na área da saúde em um momento de crise”, disse ela.

A importância da velocidade da comunicação

Júnia abordou a importância de preparar os colaboradores e a empresa para a modalidade de trabalho remoto. Ela destacou que é necessário ter um cuidado com os colaboradores, levando informação e buscando sempre entender que o home office não é a situação mais adequada, tanto por fatores sociais e até mesmo de adaptação pessoal.

“Buscamos adequar cada situação pautados pela orientação e sensibilidade dos líderes, que conhecem as equipes e realidades. Assumimos nosso compromisso de cuidar da saúde, dando foco assistencial a essas pessoas em um momento tão desafiador”, disse Júnia.

Já Juliano Gasparetto abordou a importância da comunicação rápida, validando a utilização do whatsapp, ferramenta que foi muito usada na comunicação direta entre colaboradores. “Utilizamos bastante essa estratégia de comunicação com o objetivo de diminuir o ruído comunicacional. Foi possível ter um uso bem racional e teve uma boa aderência dos colaboradores”, disse ele.  

Patrícia também destacou o uso de novos canais de comunicação como algo crucial. “A intensificação e a diversificação da comunicação foi algo que deu certo. Usar a comunicação a nosso favor e a quebra de paradigmas também foi algo que aconteceu”, disse Patrícia.  

A volta ao trabalho presencial

Para Patrícia Barros, o sistema de trabalho híbrido será uma tendência. Segundo ela, com o trabalho de forma remota foi possível ter uma abertura maior na dinâmica de trabalho, exercendo uma confiança maior dos líderes com seus colaboradores. 

Júnia, por sua vez, afirmou que balancear as novas modalidades de trabalho será inevitável. “Precisamos viver o processo de retorno ao trabalho presencial, para que seja possível encontrar o ponto de equilíbrio”, disse ela.   

Destacando o tema da volta ao trabalho presencial, Juliano falou sobre as facilidades do home office e a necessidade das empresas em terem menos controle sobre seus colaboradores. “Várias empresas estão utilizando o home office como estratégia de retenção, o custo de facilidades e utilidades acaba sendo maior na garantia do home office”, concluiu Juliano.

Saiba mais

O FÓRUM Melhor RH de Felicidade Corporativa é promovido pela Plataforma Melhor RH. Quer conferir todos os debates e conversas do evento?

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