#FMRHTECH

Como estimular a inovação no RH

Inovar pode ser a chave para diversificar a equipe, assim como a diversidade melhora a inovação. O uso correto de tecnologia pode favorecer a inclusão

de Redação em 14 de novembro de 2022
painel inovação no RH Em sentido horário, Mariângela Fragão, da Techware, Dani Plesnik, da Deloitte, e Vivian Broge, do Iguatemi

Com a função de recrutar, treinar e gerenciar equipes, é comum que o time de RH fique atribulado na rotina diária e sem tempo para desempenhar adequadamente o papel estratégico que possui – que dirá pensar em inovação. Para além do avanço tecnológico, que possibilita a automação dos processos e traz agilidade também para a área de gestão de pessoas, os especialistas que estiveram presentes no 3º Fórum Melhor RH Tech apontaram para a necessidade urgente de diversificação dos times como uma premissa para a inovação nas empresas. Tecnologia também pode ser uma via de mão dupla, auxiliando na promoção de diversidade com um recrutamento de alto desempenho e com menos vieses socioculturais. O evento é promovido pela Plataforma Melhor RH e pelo CECOM – Centro de Estudos em Comunicação.

Mariângela Fragão, gerente de arquitetura e pré-vendas da Techware, lembra que inovação é uma demanda de mercado. E que a implantação de uma cultura inovadora demanda que as equipes estejam preparadas. Nesse sentido, a executiva provoca as participantes de painel sobre o tema a explicar o que é uma empresa inovadora no contexto em que atuam e como estão lidando com suas pessoas para que sejam parte e protagonistas de uma cultura de inovação.

SEU RH JÁ MIGROU DE 4.0 PARA 5.0? ENTENDA A DIFERENÇA E A NECESSIDADE AQUI

De acordo com a diretora de talento e cultura da Deloitte, Daniela Plesnik, para falar de inovação é preciso levar em consideração o comportamento das pessoas. “ Enquanto as pessoas seguirem resistentes e agarradas ao aprendizado e a forma como fizeram os processos desde sempre, o mundo não vai mudar”, afirmou. “Trazer conceitos do change management, das metodologias ágeis e entender quais processos são transacionais e repetitivos e, por isso, podem ser substituídos por uma máquina permite que se direcione o tempo para outras demandas, muito mais estratégicas. Mas há que ter um ambiente emocionalmente seguro para que as pessoas se sintam confortáveis e autênticas para promover inovação.”

Inovação, para a diretora de RH do Iguatemi, Vivian Broge, é sobre o coletivo. Por isso, quanto mais diversidade, mais potência se tem para inovar. “Quando trazemos pessoas diferentes para um projeto, contar com um time diverso em experiência, idade, gênero, etnia e condição social, traz olhares diversos e isso é combustível para ser mais inovador. Tanto que uma pesquisa feita pela Mckinsey, mostrou que empresas com 30% de diversidade em colaboradores e colaboradoras, conquistam resultados financeiros exponencialmente maiores”, informou. “Tanto que não acredito numa área encapsulando essa questão da inovação. Isso tem de ser multiplicado por todas as áreas, já que estamos vivendo um momento em que as pessoas querem ser criativas e mostrar todo seu potencial.”

Inovação e inclusão: ponto de convergência?


“Ainda notamos uma falta de representatividade e proporcionalidade nas organizações. Não estamos habituados a conviver com pessoas dos grupos sub representados, que são a maioria dos brasileiros. Ao contrário, o que notamos são lideranças compostas, majoritariamente, por homens brancos, heterossexuais, cisgênero, sem deficiência”, contestou a diretora executiva da Jorgete Lemos Pesquisa e Serviços, Jorgete Lemos. “Precisamos de representatividade com proporcionalidade, e não como amostragem. Para isso, é fundamental ter estratégias eficazes que eliminem barreiras de entrada.”

Para isso, programas de estágio e trainee podem ser excelentes oportunidades para empresas interessadas em ampliar e diversificar seu quadro de colaboradores. De acordo com a gerente de Cutomer Sucess da Companhia de Estágios, Ana Krentzenstein, 80% das empresas que abriram campanhas para contratação de estagiários este ano focaram suas ações na diversidade. “Esses programas são uma porta de entrada para que as empresas tragam colaboradores e colaboradoras com perfis diversos,” comentou.  


Em sentido horário: Thomas Costa, da Infojobs; Jorgete Lemos, da Jorgete Lemos Pesquisa e Serviços, e Ana Krentzenstein, da Companhia de Estágios

Para o head comercial do Infojobs, Thomas Costa, para que diversidade passe a ser uma realidade, as empresas precisam se atentar aos seus processos seletivos. Ele explicou que, quando o RH automatiza o processo de recrutamento e seleção de talentos está fazendo isso a partir de regras muito definidas.

Ao se colocar como requisito para o preenchimento de uma vaga o nome de uma faculdade, por exemplo, a programação será enviesada para encaminhar apenas candidatos que se formaram ali. “Para evitar que isso aconteça, basta dizer que o requisito para a vaga é que o candidato tenha ensino superior em determinada área. Mas esse é apenas um exemplo”, destaca Costa.

O que, de fato, as empresas precisam entender é que a diversidade, para além da humanização das relações de trabalho, também contribui para os números da organização. Uma pesquisa da Harvard mostrou que uma equipe diversa é 22% mais criativa e 33% mais lucrativa. Se estou limitando o meu processo seletivo aos 30% de pessoas que fazem parte do grupo predominante hoje em dia nos cargos de liderança, isso não é um recrutamento de alto desempenho, pois estamos deixando muito talento fora do mercado.”

Assista ao 3º Fórum Melhor RH TECH – 5.0 no mundo digital no canal da Melhor RH no YouTube. Acesse pelos links abaixo.

O evento foi realizado nos dias 22 (presencial) e 23 de setembro (on-line, acima) e contou com a participação de mais de 20 especialistas de diversos segmentos que abordaram os principais desafios e oportunidades do uso da tecnologia para a transformação do RH.  Para ver a gravação dos painéis presenciais clique aqui.

Um oferecimento de:


Compartilhe nas redes sociais!

Enviar por e-mail